Seja de madeira ou plástico, os parquinhos precisam de cuidados e há normas que garantem a segurança das crianças
Não tem quem odeie ele. O playground é uma das áreas preferidas no condomínio, onde as crianças se reúnem e passam horas se divertindo – além da segurança que os pais sentem por saberem que os filhos estão tranquilos. Mas o sentimento de tranquilidade não vem de graça: quais são os cuidados para se ter um parquinho seguro?
Não há leis que tratem da instalação, segurança e manutenção de playgrounds, mas a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui regulamentação sobre o assunto. A norma NBR 16071 está dividida em sete partes e apresenta os requisitos mínimos para se ter um parquinho no condomínio ou em casa.
Os brinquedos devem ser de material atóxico, ter cantos arredondados, proteção em plataformas e escorregadores de polietileno, para não queimar a pele. O plástico é o material mais indicado para playgrounds, pois tem limpeza fácil, é leve e possui uma durabilidade maior se comparado a outros materiais – 15 anos, no mínimo. Outra orientação é manter um espaço livre entre os brinquedos de, no mínimo, 1,30 metro.
O piso também deve ser considerado na área de lazer. Para minimizar quedas e melhorar a aderência dos brinquedos no chão, invista em pisos antiderrapantes e com absorção de impactos, como as placas de EVA, que são emborrachadas.
O parquinho de madeira também é uma opção, mas precisa ter manutenção frequente.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a construtora do edifício é responsável pela manutenção do parquinho, se ele foi entregue conjunto à obra, durante os primeiros 5 anos. Após o período, o síndico responde pela manutenção. Se o condomínio não possui playground, vale o bom senso na hora de propor a instalação de um. Realize mais de um orçamento, meça o espaço que será utilizado (isso é essencial para pedir um orçamento) e verifique se a empresa que produz os brinquedos é certificada de acordo com as normas da ABNT. Na hora de levar o tema para discussão na reunião de condomínio, apresente os dados.
É importante ter um registro para manutenção do espaço, um livro com orientações, anotações de revisões e cuidados, aberto ao público e que seja repassado a cada gestão de síndico. Isso garante transparência e fiscalização para se manter a segurança dos brinquedos.
Mas quanto custa um playground?
Os preços são bem variados. Segundo a Krenke Brinquedos, empresa catarinense especializada na fabricação, comercialização e montagem de parquinhos completos (aqueles com passarelas e casinhas), o valor varia de acordo com a metragem da área que abrigará os brinquedos e o tipo de modelo escolhido, mas pode custar de R$ 9 mil, instalado em uma área de 25 m², até R$ 70 mil, com 400 m².
Uma opção mais em conta, mas que depende de uma manutenção mais frequente, é a de parquinhos em madeira. Outra empresa de Santa Catarina, a Disneylândia Parques Infantis, trabalha com madeira nobre, faz um projeto arquitetônico para o condomínio e possui certificação. De acordo com a empresa, há projetos a partir de R$ 500, mas a média de parquinhos para condomínios está na faixa de R$ 1 mil a R$ 4 mil. A manutenção deve ser anual. “Mas o valor varia muito do que você quer, já fizemos playground que custava R$ 200 mil”, conta um vendedor.