Os comerciantes brasilienses já estão preparados para o Dia das Crianças deste ano. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF, apenas 6,8% dos lojistas da capital do País, no entanto, esperam que as vendas em 2020 cresçam mais do que no ano passado; 62,09% disseram que a procura será igual e 30,92% afirmaram que será menor
A expectativa de venda neste ano é 17% menor que a do ano passado, quando a redução esperada foi de 24,12%.
O levantamento foi feito com 401 empresas de diferentes segmentos, concentradas em várias regiões do DF, durante o período de 20 a 30 de agosto. Para o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, a crise causada pela pandemia resultou no pessimismo por parte do empresário. Entretanto, o empreendedor que investir no e-commerce, pode se destacar entre os demais.
“Com a restrição de circulação de consumidores, percebemos um aumento significativo em volume de vendas no e-commerce. Apenas em agosto deste ano o comércio eletrônico faturou R$ 680 milhões por dia, segundo a Receita Federal. Essa modalidade pode ser um diferencial para o empreendedor gerar fluxo de caixa para a sua empresa durante a data comemorativa”, destacou Maia. O presidente da Federação informa ainda que por mais que estejamos atravessando um período incerto, com o choque negativo na economia, os consumidores não deixarão de comprar. “Nem que seja uma lembrancinha, o consumidor fará pesquisa e não deixará a data passar em branco”, acredita Francisco Maia.
A expectativa em relação ao valor médio do presente, por parte dos empresários, é de R$ 197,54: uma queda de 23,51%, considerando a inflação acumulada do período, quando comparado ao ano anterior. Já no quesito Estratégias para a data, 44,89% pretendem usar algum tipo de marketing para alavancar as vendas, preferencialmente por: promoção (28,79%); diversidades de produto (19,02%); vitrine temática (15,68%); kit de produtos (15,17%); atendimento especial (8,48%); descontos para compra à vista (7,97%).
Em relação ao preço dos produtos, 90,5% dos lojistas disseram que irão manter o valor; 2,5% afirmaram que vão reduzir e 7% aumentarão. Como justificativa para o aumento, 89,29% responderam que será por causa do repasse do fornecedor e 10,71% disseram que é por conta do aumento de impostos. Para a redução, 30% afirmaram que vão abaixar os preços para se adequarem ao cenário de crise e 20% responderam que é para atrair mais clientes.
Consumidor
Ainda de acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio, a maioria dos consumidores estão dispostos a ir às compras. Segundo a pesquisa, 71% pretendem presentear e 29% disseram que não irão comprar nada para a data. Em relação ao ano passado, a intenção positiva de compra teve um aumento de 18,1%. Entre os que não vão comprar presentes, 49,60% disseram que estão passando por dificuldade financeira; 37,60% não tem a quem presentear; 9,60% não gostam de presentear; 0,8% estão desempregados.
O ticket médio esperado pelos consumidores é de R$ 97,23. A preferência pela modalidade de pagamento é pelo crédito à vista (42,2%); débito (19,6%); e dinheiro (38,2%). Nesse Dia das Crianças, o consumidor afirmou que a preferência pelo presente será brinquedos (33,25%); vestuário e acessórios (30,52%) calçados e acessórios (20,65%); eletrônicos (8,18%); chocolates e doces (2,99%); cosmético e perfumes (1,56%); livros/papelaria (1,17%), entre outros. Sobre o local de compra, 44,77% afirmaram que vão procurar o presente em lojas de rua/bairros; shopping (29,74%); feiras (12,09%); supermercados (5,88%); internet (5,23%); lojas de departamentos (1,96%) e perto de casa (0,33%).