Começa a circular nas redes sociais vídeos das advogadas e advogados da chapa Você é a Ordem que tiveram a cor de pele questionada em pedido de impugnação feito por uma entidade de advogados negros e politicamente utilizado pela campanha de Délio Lins e Silva Jr.
Os vídeos deixam clara a histórico familiar das advogadas, todas com descendentes negros ou indígenas, que exigem respeito.
“Sou parda, sim. Tenho uma ancestralidade negra, sim e tenho muito orgulho das minhas origens. E como se não bastasse todo o sofrimento que meus ascendentes sofreram no passado agora sou perseguida por ter mudado a cor do meu cabelo e ter evoluído socialmente. O motivo de eu estar expondo ainda mais a minha família é para mostrar que a chapa de situação segue perseguindo quem não compactua com suas ideias”, afirma no vídeo Helena Moreira Alves, candidata à secretária-geral na Chapa Você na Ordem. A advogada ainda conta que teve expostos seus filhos menores e dados sensíveis, como RG, CPF e endereço. O vídeo pode ser conferido aqui https://www.instagram.com/tv/CV6O8kcAC1t/?utm_source=ig_web_copy_link
Em
outro vídeo que também circula nas redes, a advogada Aline Marques mostra seus familiares
indígenas e pede respeito à sua história. “A tinta de cabelo não me define.
Isso é preconceito. No meu caso, xenofobia”, diz a inscrição no vídeo repleto
de imagens dos familiares e da advogada que integra a chapa. Pode ser conferido
aqui (https://www.instagram.com/tv/CV_yCrMBoOU/?utm_medium=copy_link)
Para Thais
Riedel, que concorre à presidência da OAB-DF pela chapa Você é a Ordem, o questionamento
por parte da associação é legítima, mas acabou sendo utilizada politicamente, ferindo
a dignidade das pessoas envolvidas.
“A
Associação de Advogados Negros tem toda a legitimidade para fazer os questionamentos
que julgar necessários. Não há, da nossa parte, fraude ou tentativa de burlar a
política de cotas que é louvável. As pessoas se autodeclararam negras e não
cabe a mim ou a qualquer integrante da chapa questionar a autodeclaração. Agora,
o carnaval feito pela chapa de situação com um tema tão sensível, que atinge a
dignidade das pessoas é inaceitável e reflete o tratamento que foi destinado
àqueles que não pensam como os integrantes da atual gestão durante seus três
anos à frente da OAB-DF. Isso vai mudar”, afirmou a candidata.