Referência em confinamento terceirizado, a Maximus Agronegócio viu os índices de doenças respiratórias e estresse em bovinos diminuírem após a implementação de protocolo sanitário pré e pós transporte
Confinar animais
para terminação é uma ferramenta imprescindível em qualquer projeto de
intensificação pecuária. O que antes era uma simples estratégia de entressafra
para explorar o “repique” do valor pago pela arroba se tornou um caminho para a
evolução na pecuária visando otimizar o modelo de produção.
Além de
infraestrutura, nutrição estratégica e acompanhamento do peso dos animais,
outras ações são importantes nos momentos próximos ao início do confinamento
para prevenir problemas e garantir o máximo desempenho nas operações e na
produtividade animal. Isso porque a intensificação traz riscos sanitários, que
se não forem tratados de maneira estratégica, podem comprometer os ganhos.
Por isso, a cada
dia mais confinamentos e propriedades estão investindo no estabelecimento de
protocolos sanitários para fortalecer no rebanho sua imunidade e a capacidade
de suportar as mudanças de manejo, que incluem longos transportes, estresse,
além de mudanças na alimentação e ambiente. A ausência de protocolos rígidos
pode acarretar baixa imunidade, pneumonias, parasitas, desempenho animal
inferior e até a morte.
A Maximus
Agronegócio, um dos boitéis referência no Brasil, vem melhorando
significativamente a eficiência com menos perdas decorrentes de problemas
sanitários em razão de um trabalho estratégico desenvolvido em parceria com a
Biogénesis Bagó.
Os boitéis recebem
animais de propriedades de todo o Brasil, que viajam longos períodos.
“Justamente por conta desse estresse, estamos mapeando os clientes que enviarão
os animais para os confinamentos da Maximus e iniciamos o protocolo sanitário
na fazenda de origem, realizando a vacinação do gado uma semana antes de
começar o trajeto. Dessa forma, o animal já chega pré-imunizado no confinamento
e pronto para tomar a dose reforço. Essa estratégia ajuda a reduzir as perdas e
tornar o confinamento mais eficiente”, explica o gerente de Demanda da
Biogénsis Bagó, Bruno di Rienzo.
O engenheiro
agrônomo, sócio e diretor da Maximus Agronegócio, Bruno Gottardi explica que o
empreendimento oferece toda a infraestrutura necessária para a realização do
confinamento, como: área de desenvolvimento da operação, instalações, mão de
obra qualificada, atendimento médico-veterinário, nutricional, manejo completo
e comercialização dos animais. Neste cenário, a empresa especializada recebe os
animais para engorda até o abate, fornecendo a estrutura completa para que
desempenhem todo o seu potencial produtivo e econômico.
Dentre os
principais desafios dos animais de terminação estão os riscos metabólicos,
sanitários e de manejo, que podem influenciar na mortalidade e morbidade do
rebanho. As principais causas de mortalidade no confinamento são pneumonia,
clostridioses, fraturas, acidentes e as enterotoxemias. As doenças
respiratórias dos bovinos (DRB) ganham destaque nos desafios do confinamento
porque decorrem dos desequilíbrios entre as defesas naturais dos animais e os
fatores ambientais externos e estresse.
“Para atendermos
com qualidade a todos estes critérios adotados em nosso confinamento precisamos
contar com um protocolo sanitário rígido. Hoje, na Maximus, a Biogénesis Bagó é
responsável por todo o tratamento de animais doentes, que apresentam sintomas
de doença respiratória, problemas de cascos, refugo de cocho, bem como o
tratamento preventivo no dia em que esses animais recebem o protocolo
sanitário, como a vacina respiratória para prevenção das DRBs”, salienta o
diretor.
Ainda, segundo
Gottardi, o trabalho de prevenção que começa antes do gado sair da fazenda
ajuda os animais recebidos nas plantas de confinamento do grupo a estarem mais
saudáveis e menos estressados. “A Biogénesis Bagó também promove treinamentos,
além de auxiliar e direcionar os produtos e medicamentos específicos para cada
enfermidade”, complementa.
Foco na terminação
Hoje a Maximus conta
com três plantas de confinamento no estado de São Paulo, em Sertãozinho, Sales
e Clementina. As unidades totalizam uma capacidade estática para 28 mil bois e
capacidade de abate anual aproximada de 70 mil animais.
“O confinamento
terceirizado é uma ferramenta importante para melhorar os resultados da
pecuária. À medida em que as fazendas investem em pastagem e aumentam o nível
de intensificação é difícil renunciar a uma ferramenta como essa. Além disso,
buscamos a melhor forma de comercializar esses animais, além de estarmos 100%
focados no nosso dia a dia em garantir que as coisas aconteçam da melhor forma
possível, dentro de uma rotina que os animais estejam acostumados”, explica
Gottardi.
Como exemplo,
entre os serviços oferecidos pela Maximus Agronegócio está a garantia de
qualidade dos insumos, qualidade de água, manejo de cocho, instalações e
maquinários. “Nosso parceiro não precisa se preocupar com nada. Além disso,
nosso trabalho alivia a necessidade de capital de giro para engorda de animais
dentro da propriedade, uma vez que as despesas são descontadas apenas no
momento do abate, livrando o caixa para investir em outras coisas, como compra
de animais, corretivos e fertilizantes. Existem aqueles também que enxergam
oportunidades de negócios e utilizam o confinamento para viabilizar a
operação”, salienta o diretor da empresa.
Como funciona o confinamento terceirizado?
Os animais que
chegam ao confinamento passam por um período de recepção, sendo processados e
munidos de todo o protocolo sanitário. Após a imunização, iniciam com a dieta
de adaptação e posteriormente de terminação. São realizados quatro tratos por
dia e a lavagem dos bebedouros todos os dias da semana. Os animais ficam no
confinamento, de maneira geral, em torno de 120-125 dias, antes de irem para os
frigoríficos.
“Na Maximus
trabalhamos com arroba produzida, por meio da qual o pecuarista será cobrado em
cima do que o confinamento produz, por quilo de matéria seca fornecida,
modalidade em que medimos o consumo diário dos animais, com um custo
pré-combinado e que será descontado também apenas no final da engorda”, explica
Gottardi.
Outro serviço
oferecido pela empresa é a parceria padrão, na qual o pecuarista possui as @s
de entrada do confinamento e recebe no dia do abate, não participando da
engorda e também de seus riscos. “Importante ressaltar que é possível travar
preço futuro de venda conosco e que também trabalhamos com um número expressivo
de novilhas, especialmente Nelore e cruzamentos industriais, tendo uma
participação importante dentro do nosso negócio”, acrescenta.
Com o confinamento
terceirizado, a principal vantagem para o pecuarista é que as empresas
contratadas assumem todo o manejo operacional da atividade, assim como a
responsabilidade pelo sistema de terminação e rejeito dos animais, dando ao
produtor a oportunidade de descanso da pastagem. Além disso, os animais são
rastreados, permitindo um valor agregado da arroba no momento do abate.
“Nosso principal
objetivo é agregar valor às operações dos nossos parceiros, nos colocando à
disposição como ferramenta de manejo para as propriedades, ajudar no aumento do
desfrute e resultado das mesmas, tornando as operações cada vez mais rentáveis
e lucrativas”, finaliza Bruno Gottardi.
Para Bruno Di
Rienzo, da Biogénesis Bagó Brasil, o trabalho desenvolvido com a Maximus
contribui para tornar mais eficiente o pilar da sanidade, que junto com os
demais - genética, nutrição, sustentabilidade, gestão e bem-estar animal –
ajudam a sustentar a pecuária do futuro, que busca a produção do ‘Boi Azul’.
“O trabalho da
Maximus realmente é diferenciado em todos os níveis. Isso nos possibilitou
implementar uma estratégia sanitária que é considerada hoje a mais eficiente no
que tange à imunoprofilaxia, que, entretanto, por dificuldades logísticas é
pouco aplicada nas diversas propriedades rurais”, avalia Rienzo.
“Após mapear os
clientes do boitel, temos métricas de distância da fazenda de origem do gado
até a chegada no confinamento. Para mitigar o efeito desse transporte de altas
distâncias, criamos uma logística que permite aplicar a estratégia sanitária
diretamente na fazenda de origem antes do embarque dos animais para o boitel.
Assim os animais já iniciam a viagem pré-imunizados e chegam em uma condição
sanitária muito mais favorável, permitindo assim que possam performar
sobremaneira. É o que há de melhor quando pensamos nos pilares de sanidade e
bem-estar animal, o que permite resultados sanitários ainda melhores do que o benchmarking do setor apresenta”,
finaliza.
Sobre a Biogénesis Bagó
A Biogénesis Bagó
é uma empresa de biotecnologia especializada no desenvolvimento, produção e
comercialização de tecnologias para a saúde animal. Seu time é
formado por uma equipe interdisciplinar de mais de 1.000 colaboradores em nível
global, com gestão moderna, integrando 14 nacionalidades em sua matriz, filiais
e representações comerciais.
Suas fábricas têm
uma capacidade de produção de 450 milhões de doses de vacinas para a prevenção
de diversas doenças que afetam a saúde animal.
A companhia possui
mais de 100 produtos (vacina antiaftosa, vacina antirrábica felina, canina e
bovina, outros Biológicos, Antiparasitários, Reprodutivos, Intramamários,
Vitaminas e Minerais, Antibióticos e Desinfetantes) e quase 1.000 registros de
comercialização que chegam a mais de 60 países nas Américas, Europa, Oriente
Médio, África, Ásia e Oceania.
Mais informações: https://www.biogenesisbago.com/br/