Especialista alerta sobre riscos de trombose em viagens prolongadas

 

Com as férias chegando, viajar se torna sinônimo de descanso para muitas pessoas. Nesse período, os destinos geralmente são mais distantes, e ficar sentado por horas, seja em carros, ônibus ou aviões, pode ser um convite para problemas vasculares, elevando consideravelmente o risco de trombose venosa profunda.


A trombose venosa profunda é uma condição em que se formam coágulos sanguíneos nas veias profundas do corpo, geralmente nas pernas, e seu surgimento é mais comum nas primeiras duas semanas após a viagem. De acordo com a Dra. Camila Oliveira, angiologista e cirurgiã vascular da clínica Venous, as causas ainda não são muito claras, mas o risco pode aumentar devido a longos períodos de imobilidade e ativação dos fatores de coagulação.


Os primeiros sinais de problemas vasculares nas pernas podem incluir inchaço, dor, sensação de peso, formigamento ou mudanças na coloração da pele. Diante desses sintomas persistentes, deve-se consultar um profissional de saúde para avaliação e diagnóstico.


“Durante viagens de carro é recomendado fazer pausas a cada duas horas para alongar as pernas, caminhar um pouco e estimular a circulação. Em voos longos, levantar e se movimentar pelo avião sempre que possível”, recomenda a Dra. Camila. “Além disso, manter-se hidratado, usar roupas confortáveis e realizar exercícios simples, como flexionar e estender os pés e fazer movimentos circulares com os tornozelos, são outras medidas que auxiliam na circulação sanguínea e reduzem o risco de trombose.”

Indivíduos com histórico de trombose ou outros fatores de risco, como cirurgia recente, câncer, gravidez, idade avançada, varizes, uso de estrogênio contido nos contraceptivos orais ou na terapia de reposição hormonal devem redobrar os cuidados. “Se você possui algum desses fatores de risco e planeja realizar uma viagem longa neste final de ano, é importante procurar um cirurgião vascular. Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de anticoagulantes e meias compressivas para reduzir o risco de trombose venosa. 

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