Um
chamado à ação para enfrentar uma doença que afeta milhares todos os anos.
"O
Fevereiro Laranja é um mês de conscientização e combate às Leucemias",
afirma o chefe do serviço de Hematologia e Hemoterapia do HBDF, Dr. Luiz
Henrique Athaides Ramos. Este é um tipo de câncer que não faz distinção de
idade, afetando tanto crianças quanto adultos em todo o mundo. Com milhares de
novos casos diagnosticados anualmente, a campanha busca aumentar o debate e
ampliar o acesso às informações essenciais sobre a doença, seus sintomas e
tratamentos.
“Diariamente,
médicos hematologistas enfrentam o desafio de tratar pacientes diagnosticados
com leucemia, uma batalha contra o tempo em busca do tratamento adequado,"
afirma Ramos. A jornada do paciente envolve quimioterapia e, muitas vezes, o
transplante de medula óssea se apresenta como a melhor esperança de cura,
porém, nem sempre há doadores disponíveis, e o acesso a tratamentos de ponta
ainda é um desafio em muitos lugares.
Com
mais de 12 tipos de leucemia identificados, a doença apresenta uma complexidade
variada, podendo exigir diferentes abordagens terapêuticas dependendo do
subtipo e da faixa etária do paciente. Tanto as formas agudas quanto crônicas
demandam atenção especializada, sendo as primeiras mais graves e urgentes.
Apesar
dos avanços, ainda não existem testes genéticos disponíveis para determinar
predisposição à leucemia, o que torna fundamental a adoção de hábitos de vida
saudáveis e a atenção aos sintomas que podem indicar a presença da doença.
O
acesso ao tratamento, especialmente o transplante de medula óssea no sistema
público de saúde, permanece um desafio. O hematologista enfatiza a necessidade
de aumentar o acesso aos melhores tratamentos e acelerar o diagnóstico precoce.
"É importante ampliar a disseminação do conhecimento técnico, melhorar o
tempo de acesso aos especialistas e aumentar o arsenal terapêutico e o número
de centros de transplante de medula óssea”, acrescenta.
Os
sintomas, muitas vezes sutis, incluem fadiga, sangramentos e problemas de
imunidade. Porém, a falta de ampla divulgação e carência técnica em muitos
lugares em relação às neoplasias hematológicas dificulta o diagnóstico precoce
e o acesso ao tratamento adequado.
"É
urgente um novo olhar sobre as patologias oncohematológicas para fortalecer as
estruturas e equipes assistenciais. É necessário um esforço conjunto entre
médicos, equipe multidisciplinar, gestores de saúde e a comunidade para
promover uma maior visibilidade e apoio a esses pacientes", ressalta o
especialista.
O
HBDF se destaca como um serviço de referência em oncohematologia, atendendo
casos complexos e gerenciando uma variedade de serviços, desde enfermaria até
banco de sangue e laboratório, o hospital desempenha um papel fundamental na
jornada de tratamento dos pacientes.
Neste
cenário, o Fevereiro Laranja não é apenas um mês de conscientização, mas um
lembrete da importância de apoiar aqueles que enfrentam as leucemias e outras
doenças hematológicas. É o momento de unir esforços para garantir que todos
tenham acesso a tratamentos adequados e uma chance na luta contra essa doença.
"Nossa
missão é clara: oferecer suporte, tratamento e esperança a todos os
pacientes", conclui o médico.
Serviço
de Hematologia do HBDF
O
serviço de hematologia do HBDF é a referência em oncohematologia na Secretaria
de Saúde do DF. Como um dos maiores serviços do país, assume a responsabilidade
pelo tratamento de casos complexos de neoplasias do sangue e outros tipos
doenças hematológicas. Além disso, opera o maior Banco de Sangue do
Centro-Oeste, realizando mais de 23 mil transfusões anuais. Esta demanda
significativa exige uma dedicação intensa por parte dos médicos que compõem a
equipe.
O
SEHHO (Serviço de Hematologia e Hemoterapia do HBDF) abrange uma variedade de
áreas de atuação, incluindo:
Enfermaria: 24
leitos dedicados ao cuidado de pacientes.
Ambulatório:
Oferece consultas de retorno, primeiras consultas e atendimento, onde lida com
demandas de emergências e pós-quimioterapia, reduzindo a necessidade de idas ao
pronto-socorro e garantindo uma resposta ágil às reações adversas, sangramentos
e neutropenia febril.
Banco
de Sangue: A atuação na hemoterapia resulta em uma
média de 2300 transfusões mensais, todas supervisionadas e com atenção às
demandas específicas da sala de transfusão.
Laboratório:
Realiza laudos de lâminas e exames para avaliação imediata dos pacientes.
Demanda
Acadêmica: Oferece aulas para acadêmicos, internos e
residentes, promovendo a formação de especialistas na área.