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| Polícia investiga esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em jogos de azar - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil |
Uma pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado estima que aproximadamente 321 mil moradores do Distrito Federal gastaram dinheiro em apostas esportivas no último mês, o que corresponde a cerca de 13% da população local. O levantamento, intitulado "Panorama Político 2024: apostas esportivas, golpes digitais e endividamento", entrevistou 21.808 cidadãos com 16 anos ou mais entre 5 e 28 de junho deste ano.
A situação no Distrito Federal reflete uma tendência nacional. Estima-se que quatro estados estão na liderança do consumo de apostas, com 14% da população participando dessas atividades: Tocantins, Maranhão, Sergipe e Bahia.
Além disso, o DataSenado revelou que, no último ano, 677.129 brasilienses foram vítimas de crimes digitais, como clonagem de cartões, fraudes online e invasões de contas bancárias, indicando um cenário preocupante de vulnerabilidade financeira.
No contexto nacional, a pesquisa aponta que 13% dos brasileiros com 16 anos ou mais — ou seja, cerca de 22,13 milhões de pessoas — afirmaram ter apostado em plataformas de apostas de quota fixa, conhecidas como "bets".
O levantamento destaca que homens com até 39 anos e com ensino médio completo são os principais usuários de aplicativos de apostas. Entre os apostadores, 62% são do sexo masculino e 38% são mulheres. A maioria dos apostadores, 56%, tem entre 16 e 39 anos, seguidos por faixas etárias de 40 a 49 anos (17%), 50 a 59 anos (13%) e 60 anos ou mais (14%).
A pesquisa também revelou que 32% dos brasileiros têm dívidas em atraso há mais de 90 dias, com maior incidência entre pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos. Além disso, 42% dos endividados gastaram com apostas esportivas nos últimos 30 dias, sendo estimado que 8.445.744 pessoas tenham desembolsado alguma quantia com bets enquanto há dívidas em atraso.
"É preocupante ver que as pessoas estão gastando dinheiro em apostas esportivas enquanto têm dívidas em atraso", disse José Henrique Varanda, coordenador da pesquisa. "É importante que as pessoas tenham consciência dos riscos envolvidos e busquem ajuda se necessário."
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